Perdi minha inspiração. Em algum canto cheio, desbotado. Acho que foi em um cabelo embaraçado. Lembro de papeis, tons, sons, coisas aleatórias, sala de estar, eu e, se não me engano, você também. É provável que esteja debaixo de qualquer amor mal acabado. Esperando que eu o encontre. Fugindo, astuta, para o meu desespero. E imaginando as explicações que dou para seu sumiço. Alego sua farsa, exalto a técnica e o esforço. Não preciso amar para falar de amor. Que mentira é essa? Chorar pra falar de choro, sorrir para explicar o sorriso. Besteira. Misturo as palavras em uma ordem que me soe saudável e pronto. Sou poeta.

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1 Comentário(s)

  1. acabei de conhecer o blog e adorei, estou te seguindo, me visita e segue se gostar
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