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Era verdade que eu quis ter dito tudo naquela exata hora. Quis ferir o silêncio, com a ajuda daquelas gotas fracas que caíam, e ter devolvido tudo o que me dera sem dó e nem maldade. Pensei que fosse te machucar e talvez eu, muda, deveria permanecer na minha inquietude monótona. E se te dissesse não passaria de um sorriso escrito, dito apenas com as mãos. Cortei a dor pela raiz e a enterrei bem dentro de mim.
"Tinhas, como sempre, um forte poder sobre mim. Tomava-me pelas mãos sem nem mexer teus braços. Bem, quando eu nem me toquei, achando que eras tu, soube que sonhava contigo, mas só fui acordar hoje."

(Escrito em 28.12.2008)

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