Crônicas e poesias.


Dizem que para o que não conseguimos explicar apelamos para o mito e ainda o transformamos em verdade incontestável. Tentei lembrar de algum mito escondido na memória para poder explicar o meu estado de espírito quando eu entro em nostalgia. Mas não é uma nostalgia comum, sinto falta de algo que só tive pela metade. Que, na verdade, só tive por algumas horas e criei um romance inteiro nisso. Como em um filme ao qual assisti "Antes do pôr-do-Sol (Before Sunset)". De cara eu não gostei do filme, mas sabia que iria gostar, porque é extremamente real e isso me agrada. Então eu entendi que sou anormal no padrão, mas normal na realidade. Porque a minha capacidade de criar romances com pessoas que tive por uma noite é imensa e eu guardo meu conjunto de poesias e escrevo a minha crônica para poder, depois, compará-la aos mínimos detalhes fisícos e piscicológicos do coadjuvante quando o encontro deitado em uma esqueina, ou rindo na fila do pão. E a nostalgia dura o resto da noite e ainda me faz acreditar que minha crônica aconteceu ontem.

Sinceramente, algumas emoções deveriam ser contidas.

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